TERCEIRA GERAÇÃO (1965 a 1980)
A invenção do circuito integrado possibilitou que dezenas de transistores fossem colocados em uma única pastinha. Este encapsulamento tornou possível construir computadores menores, mais rápidos e mais baratos que seus predecessores transistorizados. Alguns dos mais significativos computadores desta geração são descritos abaixo.
Por volta de 1964, a IBM era o fabricante líder de computadores, e tinha um grande problema com suas duas máquinas de grande sucesso, o 7094 e o 1401: eram totalmente incompatíveis entre si. Uma era processadora de números altamente veloz (number cruncher), que utilizava aritmética binária paralela sobre registradores de 36bits, e a outra era uma excelente processadora de entrada/saída, que utilizava aritmética decimal serial sobre palavras de tamanho variável na memória. Muitos clientes possuíam ambos, e não gostavam da idéia de ter dois departamentos de programação com nada em comum.
Quando chegou o momento de substituir estas duas séries, a IBM deu um passo radical. Lançou uma única linha de produtos, o System/360, baseada em circuitos integrados, projetada tanto para computação científica quanto comercial. O System/360 continha muitas inovações, a mais importante delas era que esta família, de cerca de meia dúzia de máquinas, possuía a mesma linguagem de montagem, com tamanhos e potências crescentes. Um cliente poderia substituir seu 1401 por um 360 modelo 30, e seu 7094 por um 360 Modelo 75. O Modelo 75 era maior e mais rápido (e mais caro), mas o software escrito para um deles poderia, em princípio, ser executado no outro. Na prática, o software escrito para o modelo pequeno executaria em um modelo maior sem problemas, mas quando mudássemos para uma máquina menor, o programa poderia não caber na memória. Todavia, este foi um grande avanço em relação à situação existente com o 7094 e o 1401. A idéia de família de máquinas foi aceita imediatamente, e poucos anos depois a maioria dos fabricantes de computadores possuía uma família de máquinas comuns apresentando grande variação de preços e desempenhos.
Outra importante inovação do 360 foi a multiprogramação, com vários programas presentes na memória simultaneamente,de forma que quando um estiver esperando pela entrada/saída ser completada, outro poderia estar sendo executado.
O 360 também foi a primeira máquina que podia emular (simular) outros computadores. Os modelos menores podiam emular o 1401, e os maiores podiam emular o 7094, de forma que os clientes podiam continuar a executar seus antigos programas binários sem modificações, enquanto eram convertidos para o 360. Alguns modelos executavam os programas de 1401 tão mais rapidamente que o próprio, que muitos clientes nunca os converteram.
O 360 resolveu o dilema do binário-paralelo versus decimal serial com um compromisso: a máquina tinha 16 registradores de 32 bits para aritmética binária, mas sua memória era orientada para bytes, como aquela do 1401, e ele possuía instruções seriais do estilo 1401 para copiar registros de tamanhos variáveis na memória.
Outra característica importante do 360 era um enorme (para a época) espaço de endereçamento de 2^24 (2 elevado a 24) bytes (16 megabytes). Com o custo de memória da ordem de vários dólares por byte naquela época, 16 megabytes pareciam uma infinidade. Infelizmente, a série 360 foi seguida posteriormente pela série 370, série 4300, série 3080 e série 3090, todas utilizando exatamente a mesma arquitetura. Por volta da metade dos anos 80, o limite de 16 megabytes tornou-se um sério problema, e a IBM teve que abandonar parcialmente a compatibilidade quando adotou os endereços de 32 bits necessários para endereçar a nova memória de 2^32 bytes.
Olhando para o passado, poder-se-ia argumentar que, uma vez que eles já tinham palavras e registradores de 32 bits, provavelmente poderiam ter tido endereços de 32 bits também, mas naquela época ninguém poderia imaginar uma máquina de 16 megabytes. Culpar a IBM por esta falta de visão é como culpar hoje um fabricante de computadores por ter apenas endereços de 32 bits, pois dentro de poucos anos todos os computadores necessitarão de mais de 4 gigabytes e então os endereços de 32 bits se tornarão intoleravelmente pequenos.
O mundo do minicomputador deu um enorme passo à frente na terceira geração com o lançamento, pela DEC, do PDP-11, um sucessor de 16 bits do PDP-8. De várias maneiras, era como se o PDP-11 fosse o irmão caçula da série 360, assim como o PDP-1 parecia ser o irmão caçula da série 7094. Tanto o 360 quanto o PDP-11 possuíam registradores orientados para palavras e memória orientada para bytes, e ambos cobriam uma ampla faixa de relaçõ custo/desempenho. O PDP-11 obteve um enorme sucesso, especialmente nas universidades, e manteve a liderança da DEC em relação aos outros fabricantes de minicomputadores.
Linha do tempo
1965
PDP-8
(DEC)
primeiro computador de venda em massa
1970
PDP-11
(DEC)microcomputadores que dominaram os anos 70.
1976
8085
(INTEL)
8080 reencapsulado.
1978
8086
(INTEL)
primeira CPU de 16 bits em uma pastilha.
1978
VAX
(DEC)
primeiro supermini de 32 bits.
1972
8008
(INTEL)
primeiro microprocessador de 8 bits.
1974
8080
(INTEL)
primeira CPU de uso geral em uma pastilha.
1971
4004
(INTEL)
primeiro microprocessador em uma pastilha.
1974
6800
(MOTOROLA)
8 bits similar ao 8080 Intel.
1979
68000
fontes:
br.geocities.com/trabsc2/terceira_geracao.html
www.fundacaobradesco.org.br
www.widesoft.com.br
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